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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Meu (des)encontro com Pema no Brasil, como foi.


Voltando ao assunto do Tibet, e da visita de Jetsun Pema em ...não me recordo se foi no final de 2006 ou final de 2007, na Prefeitura de São Paulo, eu, como convidada do evento, tive um impulso muito pessoal de escrever uma carta endereçada ao Dalai Lama, irmão dela, falando de questões pessoais minhas, foi como que um pedido de socorro, de ajuda.

Logicamente eu achava que contaria com a delicadeza dela em pegar e realmente entregar para ele.

Nisso eu comprei antes da palestra, uma lembrança que achei apropriada, mas não era nada pessoal (como maquiagem, cremes, ou perfumes) porque na ocasião meu dinheiro não dava para isso e eu não ía dar uma coisa boba para ela.

Optei, morando na Liberdarde por regalá-la com um típico souvenir brasileiro: uma flor sendo beijada por um colibrí feita em pedra brasileira, no caso, a flor era de serpentinita ou o pássaro,  não me lembro, mas era algo fino,   e por incrível que pareça foi de bom gosto, eu comprei na loja AKASHA na Rua Galvão Bueno, uma loja de presentes.

Chegando lá no auditório da Prefeitura, eu disse para uma assessora brasileira que estava próxima da mesa, depois da palestra da Pema, num pequeno intervalinho, que eu tinha uma coisa para entregar para ela, uma carta e um presente se ela poderia fazer isso. Ela, essa moça perguntou o que era, eu respondeí uma carta em português, e uma lembrança, ela saiu dalí e foi num compartimento atrás da cena da palestra (mesa, cadeiras), atrás do palco.

Nisso eu só ouço um monte de indianos discutindo alto, mas não brigando, discutindo. Volta a mulher, e me diz: ela não vai querer, ninguém lá fala português.

Bem....eu não acreditei estar ouvindo aquilo eu então disse usando de ironia : "Ai mas ela pede para alguém que seja de Goa (cidade indiana/capital onde se fala português), por favor".

Vai a moça e volta, e diz: tudo bem. De pronto entreguei para ela uma carta endereçada ao Dalai Lama.

Dalí a pouco chega Pema e senta na cadeira onde tinha dado a palestra, naturalmente algumas pessoas se chegaram perto e fazem perguntas, cumprimentam, e até mesmo pediram autógrafo para o livro da Biografia dela em inglês. Depois que isso passou eu dou a lembrança para ela, ela simplesmente me olha com raiva no olhar e VIRA A CARA para mim.


Uma reação completamente inesperada, hoje lembrando daquilo eu chego à conclusão que ela poderia até ser um membro da minha "família" com uma atitude dessas, rs rs.
Mas na hora para mim foi uma grande decepção!!
Porque ela ficou com a cara virada MESMU e eu esperando ela voltar a cara ao normal, olhando para mim, mas não teve volta...e eu FUI EMBORA.

O mais imporante dessa história toda: eu dei o meu recado.

Mas falando do que me trouxe profissionalmente o contéudo da palestra dela, eu perguntei para ela como eles lidavam com as pessoas traumatizadas que chegavam do Tibet, e eram muitas, apresentando inclusive alterações no campo mental (devido às baixas temperaturass e a ditadura da China), eles não têm um método próprio vão acolhendo a pessoa esperando  melhorar, enfatizou a dificuldade em manter toda essa nova juventude e infância dos tibetanos que vivem no exílio afinados com a disciplina que a cultura tradicional do Tibete exije.

Falou de como eles procuram lidar com os rebeldes, e também dos que dão muito certo! Mas é de se admirar que no exílio tenham conseguido manter tudo isso e eu só tenho a parabenizar. São escolas, internatos, universidades todas voltadas para os tibetanos, projetos que vêm sendo mantidos por doações.

A esperança de voltar a viver num Tibete livre da China nunca morreu.

Por hoje é só amanhã conto da entrevista do Dalai Lama quando New Orleans se afogava embaixo de água.

Até..........................











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