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sexta-feira, 25 de março de 2011

gatos & gatas minha história

FIFI uma das minhas gatinhas, de todas a mais inteligente, eu a chamava de a gata cantora
Como prometido, bem hoje estou com um pouco de pressa e peço desculpas não poderia contar a minha história pessoal, ou saga de anos com gatos que se iniciou quando a minha ex-irmã pegou um gato num bar da avenida 9 de julho e quis levar para casa para criar.
Pergunta básica ela ficou com o gato? Resposta: não, apenas durante um período onde lógico ela viciou esse gato em ração, depois saindo do apto, ela disse que abandonaria na rua e com certeza ela faria isso, é meio típico de seu modo de ser, para dizer o mínimo.
Nisso eu acabei ficando  com o gato, ele se chamava MIU.
Bem, mas ela é ex-irmã mesmo nem vale a pena gastar letras com ela.
Daí começou a saga...
Conto no próximo post com mais tempo.
Deixo aqui uma poesia que amo do livro "Gatos a emoção de lidar" da Dra. Nise da Silveira que falava muito dos gatos como co-terapeutas, se você quer saber mais clique nesse link: gatos co-terapeutas o seu simbolismo nos contos-de-fadas.

A poesia ou poema eu não acho de jeito nenhum na net, sim não é o "Ode ao Gato" de Pablo Neruda mas era algum outro dele.
Mas pesquisando achei essa e gostei muito, super brasileira, vamos lá...



Gatos e atos
Para quem, nos felinos, aprecia,
a beleza, o carisma, o fino trato,
um simples gato pode ser poesia...

1
Chegando devagarinho,
o gato leva o silêncio
ao canto do passarinho.

2
O amor indiscreto
dos gatos de rua
ofende a pureza da lua?

3
Na mesa posta,
o gato se lambe
porque se gosta.

4
Um pulo de gato,
gracioso e exato,
qual verso no ar...

5
Tapeando a rosa,
o gato antegoza
ciúmes do beija-flor...

6
O rabo do gato no muro
descreve uma interrogação
que insulta o cachorro no chão.

7
No rastro do rato,
o gato, sem bulha,
mergulha no mato.

8
Os olhos do gato preto,
repiscam no negrume,
namorando o vagalume.

9
Gato gaiato,
bola de pelo,
**** o novelo.

10
A gata dengosa no cio,
olhando o telhado vazio,
parece gemer sete vidas.

11
Resta vaga magia
quando o gato afia
as unhas no tapete.

12
A tarde se fica,
enquanto o gato
dorme na bica.

13
Na poça de rua,
um gato bebendo
o brilho da lua.

14
Do gato, restou o ronronado;
mas do canário, coitado,
apenas as penas.

15
No contrazul da janela,
qual nuvem no contravento,
gato branco passa lento...

16
Um gato vadio
miando no frio:
assim me sinto.

17
Olhar de gato,
mesmo com sono,
ainda decifra o dono.

18
Na rua antiga, cena de aquarela,
em cores triviais de tarde morna;
a madorna dum gato na janela.

19
O olhar da gata persa
conta uma estória inversa
das mil e uma noites.

20
Um gato pardo de andar
esguio e desafio
no olhar de esfinge.

21
Por causa dum gato,
sem dono nem sono,
perdi meu sapato.

Bartolomeu Correia de Melo

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