FIFI uma das minhas gatinhas, de todas a mais inteligente, eu a chamava de a gata cantora |
Pergunta básica ela ficou com o gato? Resposta: não, apenas durante um período onde lógico ela viciou esse gato em ração, depois saindo do apto, ela disse que abandonaria na rua e com certeza ela faria isso, é meio típico de seu modo de ser, para dizer o mínimo.
Nisso eu acabei ficando com o gato, ele se chamava MIU.
Bem, mas ela é ex-irmã mesmo nem vale a pena gastar letras com ela.
Daí começou a saga...
Conto no próximo post com mais tempo.
Deixo aqui uma poesia que amo do livro "Gatos a emoção de lidar" da Dra. Nise da Silveira que falava muito dos gatos como co-terapeutas, se você quer saber mais clique nesse link: gatos co-terapeutas e o seu simbolismo nos contos-de-fadas.
A poesia ou poema eu não acho de jeito nenhum na net, sim não é o "Ode ao Gato" de Pablo Neruda mas era algum outro dele.
Mas pesquisando achei essa e gostei muito, super brasileira, vamos lá...
A poesia ou poema eu não acho de jeito nenhum na net, sim não é o "Ode ao Gato" de Pablo Neruda mas era algum outro dele.
Mas pesquisando achei essa e gostei muito, super brasileira, vamos lá...
Gatos e atos
Para quem, nos felinos, aprecia,
a beleza, o carisma, o fino trato,
um simples gato pode ser poesia...
1
Chegando devagarinho,
o gato leva o silêncio
ao canto do passarinho.
2
O amor indiscreto
dos gatos de rua
ofende a pureza da lua?
3
Na mesa posta,
o gato se lambe
porque se gosta.
4
Um pulo de gato,
gracioso e exato,
qual verso no ar...
5
Tapeando a rosa,
o gato antegoza
ciúmes do beija-flor...
6
O rabo do gato no muro
descreve uma interrogação
que insulta o cachorro no chão.
7
No rastro do rato,
o gato, sem bulha,
mergulha no mato.
8
Os olhos do gato preto,
repiscam no negrume,
namorando o vagalume.
9
Gato gaiato,
bola de pelo,
**** o novelo.
10
A gata dengosa no cio,
olhando o telhado vazio,
parece gemer sete vidas.
11
Resta vaga magia
quando o gato afia
as unhas no tapete.
12
A tarde se fica,
enquanto o gato
dorme na bica.
13
Na poça de rua,
um gato bebendo
o brilho da lua.
14
Do gato, restou o ronronado;
mas do canário, coitado,
apenas as penas.
15
No contrazul da janela,
qual nuvem no contravento,
gato branco passa lento...
16
Um gato vadio
miando no frio:
assim me sinto.
17
Olhar de gato,
mesmo com sono,
ainda decifra o dono.
18
Na rua antiga, cena de aquarela,
em cores triviais de tarde morna;
a madorna dum gato na janela.
19
O olhar da gata persa
conta uma estória inversa
das mil e uma noites.
20
Um gato pardo de andar
esguio e desafio
no olhar de esfinge.
21
Por causa dum gato,
sem dono nem sono,
perdi meu sapato.
Bartolomeu Correia de Melo
Para quem, nos felinos, aprecia,
a beleza, o carisma, o fino trato,
um simples gato pode ser poesia...
1
Chegando devagarinho,
o gato leva o silêncio
ao canto do passarinho.
2
O amor indiscreto
dos gatos de rua
ofende a pureza da lua?
3
Na mesa posta,
o gato se lambe
porque se gosta.
4
Um pulo de gato,
gracioso e exato,
qual verso no ar...
5
Tapeando a rosa,
o gato antegoza
ciúmes do beija-flor...
6
O rabo do gato no muro
descreve uma interrogação
que insulta o cachorro no chão.
7
No rastro do rato,
o gato, sem bulha,
mergulha no mato.
8
Os olhos do gato preto,
repiscam no negrume,
namorando o vagalume.
9
Gato gaiato,
bola de pelo,
**** o novelo.
10
A gata dengosa no cio,
olhando o telhado vazio,
parece gemer sete vidas.
11
Resta vaga magia
quando o gato afia
as unhas no tapete.
12
A tarde se fica,
enquanto o gato
dorme na bica.
13
Na poça de rua,
um gato bebendo
o brilho da lua.
14
Do gato, restou o ronronado;
mas do canário, coitado,
apenas as penas.
15
No contrazul da janela,
qual nuvem no contravento,
gato branco passa lento...
16
Um gato vadio
miando no frio:
assim me sinto.
17
Olhar de gato,
mesmo com sono,
ainda decifra o dono.
18
Na rua antiga, cena de aquarela,
em cores triviais de tarde morna;
a madorna dum gato na janela.
19
O olhar da gata persa
conta uma estória inversa
das mil e uma noites.
20
Um gato pardo de andar
esguio e desafio
no olhar de esfinge.
21
Por causa dum gato,
sem dono nem sono,
perdi meu sapato.
Bartolomeu Correia de Melo
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